Ao entrar no G1 hoje sorri sozinha. Uma longa matéria falava dos efeitos do humor sobre os processos mentais. Dei muitos sorrisos. Me recuso a transcrever a matéria do G1/AFP. Está disponível no link (clique no título).
As conclusões do tal estudo: bom humor aumenta criatividade. Medo e ansiedade aumentam a atenção. Quem lê atentamente (e sem medo) Keleman ou Nina Bull não se espanta com estas afirmações. O organismo amedrontado que sobreviver e, portanto, aumenta a sua atenção. O organismo de bom humor está livre para ser quem ele realmente é – e criar. É a nossa biologia. Linda, linda.
Os cientistas, que gostam de tudo bem explicadinho, ainda não sabem como isso funciona. hehehe. Mas todos os grupos de estudo de Anatomia Emocional conhecem cada detalhe profundamente.
Os efeitos perniciosos desta descoberta nos cercam no dia-a-dia. Acho que isso explica porque os motoristas não perceberam a pequena e silenciosas passeata de palhaços descendo a R. da Consolação (às 18h, dia 14 de dezembro). Todo mundo está tão amedrontado (e cansado) que não consegue olhar em volta…
Jogo de gente grande
Regina Favre é frequentadora do blog – e inspira do título à última linha. Sou fã e usuária! Diz a legenda do GNT filósofa e terapeuta… HA! Quem conhece, sabe, ela é mais que isso: professora de mão cheia. Pegou um trem difícil de explicar, chamado pensamento formativo, foi conversar com a Marília Gabriela – e deu um show. Teve Nietzche e o seu Amor Fati, todos os conceitos que estudamos, mais aquelas falas muito especiais nas quais ela é mestra. “Somos corpos, (…)corpos que afetam, corpos que sonham, corpos que modelam comportamentos(…)”; “Sou portador de vida, sou responsável pela manifestação da biodiversidade física e subjetiva”; “Gosto de ser minoria, trabalho com grupos pequenos”. Isso sem falar no nosso bordão: “menos é mais”.
Vai ao ar de novo a semana inteira, só para assinantes NET/Sky:
Seg 25/09 03:30h
Ter 26/09 22:30h
Qua 27/09 04:00h
Qua 27/09 10:00h
Sex 29/09 14:30h
Eu, que perdi a abertura, vou sair correndo do Palas na terça-feira!
Overdose
Francisco Gaspar, Chico. Os olhos que brilham. As mãos, lindas. Miudeza cheia de força. A alegria de encontrar – de vez em quando, normalmente de passagem. Cruzamento. Eu saindo, ele entrando. Cada um no seu rumo na vida. Ele também jornalista, fotógrafo, ator, videomaker. Moço de muitos nomes, lindo e querido. Um amor à distância.
Hoje estreou curta onde ele atua: O.D. – Overdose Digital. Ator principal, minha gente! O ator global virou coadjuvante!!! E Chico mostra a que veio ao mundo. (Enquanto escrevo a Charlote, gata preta, está no colo. Será que olha as letrinhas? Opa, aninhou…)
Para completar, conheci um diretor jovem, totalmente desconhecido: Marcos DeBrito. Gente! Que cara! Roteiro lindo, texto ótimo, imagens de arrasar.
Corram para o cinema. Viva o Chico, o Marcos, o Leonardo (o global), a diretora de arte, a equipe inteira!!!
Comentário do Johannes (via e-mail):
Gostei do filme no geral…prefiro as cenas recortadas…sempre gostei de gibis e me agrada os HQs…
De voce meu caro?!….Adorei…Juro…bom te conhecer agindo neste mundo imagens…..tem cenas que marcam filmes, tem duas cenas suas que são intensas e marcam o discurso do filme….bom pra car…,,
Vou escrevê-la deste modo:
Cruzados os mundos, os desejos vao se enlaçando. As mãos escorregam sobre a mesa e o destino está lançado ao chão. Entre -laça as mãos colocadas atrás da cabeça, aguarda o tempo, gato velho, do insuportável. O teu sorriso me interroga e te vejo os dentes, escondidos, aguardando. Na ante sala um outro, logo seu, num destino de si ao invevitável. Me roubas a vida em fotos e te alimentas. És insaciável.
Lá vem encontro
Ontem: Dia de chuva, trabalho intenso no grupo de Corporificando. Crio coragem e me entrego na onda que formo com a Regina e os colegas. Pós-almoço, Margaret, sempre querida, faisca com seus olhos azuis, através do celular. Vem um convite – que é para poucos – um encontro sobre o contemporâneo, com duas psicólogas argentinas. É pra já! Opa, pra sexta feira, dia 29.
Hoje: No convite formal, vem texto. O texto lindo e doce, que mexe com as minhas entranhas, me faz sonhar. Aprendi nos meus encontros que é da partilha que surgem os afetos, a potência, a vida se faz mágica. É preciso dar, dizer, se investir…Choro ao escrever isso.
Compartilhar
Um trecho do convite da Marga, por ela mesma:
Às vezes parece que a vida nos presenteia com alguns encontros. São aqueles que continuam produzindo ressonâncias, arrastam-nos para outros lugares, mesmo depois de separados do outro. Deixam de ser encontros entre “eu e o outro”, para tornarem-se outra coisa, que já não é mais nem de um, nem do outro. Encontros onde partes de nós, ou todo o nosso corpo, entram em expansão, potencializando aquilo que é mais importante, os processos de singularização – uma espécie de benção que se pode dar a si mesmo; diferentemente de quando temos o foco nos “encontros narcísicos” que reforçam apenas uma satisfação consigo mesmo. Spinoza chama de bons encontros esse fazer do encontro uma experiência ativa.
É pensando nisso, em como algumas pessoas entram na nossa existência produzindo afecções ativas, que posso desenhar este convite. Trata-se de Uma conversa com Martha Herzberg e Valéria Herzberg, em torno da temática do contemporâneo. Antes de um convite é um desejo de criar um espaço-tempo possível de tecer relações. Um desejo de compartilhar com algumas pessoas, a possibilidade de agenciarmos outras experiências.
Como é no campo do encontro que esse desejo se expande, acredito que essa é a melhor forma de apresentar a multiplicidade de jeitos de “estar junto” que essas duas mulheres podem produzir.
Depois do encontro, prometo publicar afetações e, em breve, um post inteirinho dedicado só à Marga. Em breve, no Puzzle, a seção “pessoas que vale a pena conhecer”.
Para as crianças… Pina Bausch
Regina Favre; Margaret Chillemi; Fale com Ela; Bandoneon; O que fazem Pina Bausch e seus bailarinos em Wuppertal?
Ela chegou à minha vida por outras mãos. Fina, elegante, humana. Desde junho, a expectativa: ela vem! Para as crianças de ontem, hoje e amanhã (9-11 de outro jeito). De repente, um telefonema: “quer ir comigo?”. Que surpresa! Quanto prazer! Que felicidade! Os céus – e a amiga sensível – responderam aos tempos de penúria. Exclusivamente financeira, teimo em notar.
Ah! Dia de estréia, evento fechado. Nervoso ainda na rua: um bom congestionamento para marcar a coexistência de tantos eventos no mesmo lado da cidade. Os carrões e sua falta de educação se mostraram. Lá estavam os flashes para os globais, os notáveis. Os fotógrafos que tão bem conheço. Eu além do 1,80m por conta do salto tentando a invisibilidade. Só queria ver herr Bausch, deixar a arte me levar-enlevar.