Hope

Eu quero vir aqui agradecer.
Agradecer ter a alegria de ter uma tia chamada Marina. De esquecer nossos desencontros e lembrar nossos encontros.
Marina era uma madrinha nota mil, uma pessoa presente e cheia de força, delicadeza e ética. Ponta firme, doce, querida. Adorava viajar com o tio – e acho que eles conheceram juntos quase tudo o que vale a pena neste Planeta Azul, tão cheio de maravilhas.
Jamais vou esquecer a compreensão e acolhida quando eles me convidaram para acompanhá-los em parte de uma destas jornadas. Foram os 10 dias mais bacanas da minha vida, em que pude, junto com a Marina e o Orlando, não só descobrir as belezas de Roma, Israel e Jordânia, como ter o prazer de ser acolhida, cuidada, paparicada e orientada por ela.
Carrego tantas lembranças boas e frescas desta viagem que os dois me proporcionaram que por estes poucos dias imagino o tanto que se divertiram e encantaram pelo mundo afora.
Lembro da minha tia viajante, trilíngue, inteligente.
Uma tia ativa, que zelava por sua casa – sempre acolhedora e linda – de um jeito que para mim sempre pareceu mágico.
A Marina professora, que no meio das aulas de inglês com tempestade, soltava um “Santa Barbara São Jerônimo” – como a vovó.
A Tia que está aqui ao meu lado, enquanto escrevo. E dentro de mim para sempre.
Obrigada, Marina, por me legar uma parte da força feminina que faz parte de cada uma de nós. Por me ensinar, por me acolher, por me amar. Obrigada.

direto dos embalos da madrugada

trecho-treco
Chega a hora de ir dormir. Dia cheio, marcado por visitas. Finalmente conheci o Gerson Ramos, que era um ícone, e no fim da tarde Trecker, ele mesmo também visitou o albergue, com direito a uso ilimitado da conexão mixa (de sempre) do Virtua.

Escrevi um tanto, conversei muito e produzi… Dá satisfação chegar ao fim do dia assim, carregada de tarefas completas. Tá nem tanto… esqueci da janta, embalada nas conversas, nos projetos, na escrevinhação, nas janelinhas que pulam no IM…

Preciso cuidar disso. apesar de esquecer de comer com a maior facilidade (eu tenho preguiça, sério), eu estou abaixo do peso mínimo para a minha altura. resultado: IMC=18… não pode, não pode… Estou aqui esmiuçando a história da comida na minha vida, do alto destes bons 43 anos. E sei que tem a ver com solidão – esta minha solidão povoada na web, cheia de conexões.

Agora que a tempestade passou, é hora de fazer a lição de casa do meu homeopata: fazer companhia à minha solidão. Isso significa, meus anjos, que haverá um pouco mais de lufreitas por aqui, podem crer.

(e repita comigo: eu não vou chorar, eu não vou chorar, eu não vou chorar…)