Jogo de gente grande


Regina Favre é frequentadora do blog – e inspira do título à última linha. Sou fã e usuária! Diz a legenda do GNT filósofa e terapeuta… HA! Quem conhece, sabe, ela é mais que isso: professora de mão cheia. Pegou um trem difícil de explicar, chamado pensamento formativo, foi conversar com a Marília Gabriela – e deu um show. Teve Nietzche e o seu Amor Fati, todos os conceitos que estudamos, mais aquelas falas muito especiais nas quais ela é mestra. “Somos corpos, (…)corpos que afetam, corpos que sonham, corpos que modelam comportamentos(…)”; “Sou portador de vida, sou responsável pela manifestação da biodiversidade física e subjetiva”; “Gosto de ser minoria, trabalho com grupos pequenos”. Isso sem falar no nosso bordão: “menos é mais”.
Vai ao ar de novo a semana inteira, só para assinantes NET/Sky:
Seg 25/09 03:30h
Ter 26/09 22:30h
Qua 27/09 04:00h
Qua 27/09 10:00h
Sex 29/09 14:30h
Eu, que perdi a abertura, vou sair correndo do Palas na terça-feira!

Overdose

Francisco Gaspar, Chico. Os olhos que brilham. As mãos, lindas. Miudeza cheia de força. A alegria de encontrar – de vez em quando, normalmente de passagem. Cruzamento. Eu saindo, ele entrando. Cada um no seu rumo na vida. Ele também jornalista, fotógrafo, ator, videomaker. Moço de muitos nomes, lindo e querido. Um amor à distância.
Hoje estreou curta onde ele atua: O.D. – Overdose Digital. Ator principal, minha gente! O ator global virou coadjuvante!!! E Chico mostra a que veio ao mundo. (Enquanto escrevo a Charlote, gata preta, está no colo. Será que olha as letrinhas? Opa, aninhou…)
Para completar, conheci um diretor jovem, totalmente desconhecido: Marcos DeBrito. Gente! Que cara! Roteiro lindo, texto ótimo, imagens de arrasar.
Corram para o cinema. Viva o Chico, o Marcos, o Leonardo (o global), a diretora de arte, a equipe inteira!!!

Comentário do Johannes (via e-mail):
Gostei do filme no geral…prefiro as cenas recortadas…sempre gostei de gibis e me agrada os HQs…
De voce meu caro?!….Adorei…Juro…bom te conhecer agindo neste mundo imagens…..tem cenas que marcam filmes, tem duas cenas suas que são intensas e marcam o discurso do filme….bom pra car…,,
Vou escrevê-la deste modo:
Cruzados os mundos, os desejos vao se enlaçando. As mãos escorregam sobre a mesa e o destino está lançado ao chão. Entre -laça as mãos colocadas atrás da cabeça, aguarda o tempo, gato velho, do insuportável. O teu sorriso me interroga e te vejo os dentes, escondidos, aguardando. Na ante sala um outro, logo seu, num destino de si ao invevitável. Me roubas a vida em fotos e te alimentas. És insaciável.

Lá vem encontro

Ontem: Dia de chuva, trabalho intenso no grupo de Corporificando. Crio coragem e me entrego na onda que formo com a Regina e os colegas. Pós-almoço, Margaret, sempre querida, faisca com seus olhos azuis, através do celular. Vem um convite – que é para poucos – um encontro sobre o contemporâneo, com duas psicólogas argentinas. É pra já! Opa, pra sexta feira, dia 29.
Hoje: No convite formal, vem texto. O texto lindo e doce, que mexe com as minhas entranhas, me faz sonhar. Aprendi nos meus encontros que é da partilha que surgem os afetos, a potência, a vida se faz mágica. É preciso dar, dizer, se investir…Choro ao escrever isso.
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Um trecho do convite da Marga, por ela mesma:
Às vezes parece que a vida nos presenteia com alguns encontros. São aqueles que continuam produzindo ressonâncias, arrastam-nos para outros lugares, mesmo depois de separados do outro. Deixam de ser encontros entre “eu e o outro”, para tornarem-se outra coisa, que já não é mais nem de um, nem do outro. Encontros onde partes de nós, ou todo o nosso corpo, entram em expansão, potencializando aquilo que é mais importante, os processos de singularização – uma espécie de benção que se pode dar a si mesmo; diferentemente de quando temos o foco nos “encontros narcísicos” que reforçam apenas uma satisfação consigo mesmo. Spinoza chama de bons encontros esse fazer do encontro uma experiência ativa.

É pensando nisso, em como algumas pessoas entram na nossa existência produzindo afecções ativas, que posso desenhar este convite. Trata-se de Uma conversa com Martha Herzberg e Valéria Herzberg, em torno da temática do contemporâneo. Antes de um convite é um desejo de criar um espaço-tempo possível de tecer relações. Um desejo de compartilhar com algumas pessoas, a possibilidade de agenciarmos outras experiências.

Como é no campo do encontro que esse desejo se expande, acredito que essa é a melhor forma de apresentar a multiplicidade de jeitos de “estar junto” que essas duas mulheres podem produzir.

Depois do encontro, prometo publicar afetações e, em breve, um post inteirinho dedicado só à Marga. Em breve, no Puzzle, a seção “pessoas que vale a pena conhecer”.

Conquiste a Rede

A Ana Carmen é uma conhecida (querida à distância) que acaba de colocar na rede um projeto bacanérrimo: Conquiste a Rede. São livros, publicados on-line sob licença Creative Commons, sobre como fazer blogs, flogs e vlogs, podcasts, jornalismo cidadão. Agora tem receita pra começar.
A primeira amiga a ganhar o Conquiste a Rede será a Marga, que está me perguntando sobre como colocar vídeos no blog!
Valeu, Ana.

Miedo


Lenine

Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienem miedo de subir y miedo de bajar
Tienem miedo de la noche y miedo del azul
Tienem miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dotor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de ascender e medo de apagar
Tenho medo de espera e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa onde ninguém vai
O medo é como un laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienem miedo de reir y miedo de llorar
Tienem miedo de ecnontrarse y miedo de no ser
Tienem miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

foto: violet flower ball with bumblebees, por overdrive_cz no Flickr