A(s) dúvida(s)

A história: resolvi fazer conexões virtuais. Entrei em novas listas de discussão, fui ouvindo, me atualizando, dando pequenos palpites, checando o tamanho da minha sabedoria e da minha ignorância. Como diz o Steve, a gente não sabe tudo, mas aprende rápido.
No meio desta enxurrada, inventei que era preciso um segundo blog, menos pessoal, pra falar de notícias que jamais seriam de interesse das “mídias”.
Aí, claro, veio um toró de palpite, como diz o Bender, do Goitacá: e fazer um trem como o design*sponge? E como ganhar dinheiro com essa história?
O que era um exercício de expressão virou uma baderna. O volume de informação que tenho aqui é GIGANTE. Selecionar e ordenar isso em formas legíveis, com a minha marca, é um trabalho de Hércules.
Pra completar, a gente tem contas pra pagar – e as bichinhas não param nunca de vencer. E aquelas decisões importantes se fazem urgentes: preciso arranjar fontes de renda que fluam em sintonia com as tais continhas.
O blog novo pode ser fonte de renda? Poder, pode. Mas aqui no Brasil isso é uma aposta certa para um futuro que sabe deus quando chega. Resultado: os dois blogs, este e o outro, pararam.
As questões foram se alinhando em fila, todas sem resposta:
– mudo de publicador pra ganhar mais funções?
– para quê este esforço?
– qual o foco do novo blog?
– como preencher essa questão financeira, esse fantasma velho e apavorante?
– acima de tudo: como manter o meu caminho, que tem sido tão bacana, sem naufragar nessa enxurrada?

Aí, neste dia de temporal (agora em S.Paulo, só chove…), eu recebo mensagens falando deste blog que nasceu tão humildezinho e é tão querido meu. O Marcelo, lá de Salvador, lindo, ecoando as frases. A Beth, aqui de pertim, falando da Anatomia Emocional. E todas as questões, técnicas e financeiras, foram pro espaço. Relembrei que a verdadeira resposta é ser quem somos, do jeito que somos, com a nossa história, os nossos dilemas, as nossas respostas, usando os nossos recursos. E a vida, esse bicho difícil e encantador, leva o resto todo em frente.

Frases que ecoam

1. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. Clarice Lispector, in A Felicidade Clandestina
2. Escolho muito bem minhas amizades porque elas me influenciam profundamente. Márcia Ferrarezi/Regina Favre.

Verde em queda


Menos uma sibipiruna nos Jardins. Esta foi devidamente removida na altura do 1272 da Al. Lorena. Menos sombra, mais buraco na calçada. Provavelmente a SubPrefeitura irá plantar mais 5 árvores mirradas pra compensar. Elas vão levar 10 anos pra dar uma sombrinha furreca. Enquanto isso, os paulistanos que se virem, entre calor e tempestades. Pior não é isso. Tenho a sensação que as pobres coitadas das árvores adoecem mesmo é por falta de espaço. Ficam cercadas de cimento, não têm pra onde ir.

Fusões

Confusion, Confucio, com fusão, fusões…
A Lua iluminou a madrugada de segunda feira, cheia, redonda, reflexiva. Fiz fotos, compus painel com imagens de luz na escuridão.
Encheu tudo com a clareza. Encheu as marés, o desejo, a angústia.
Mas a confusão permanece: muitas direções simultâneas. Acho que preciso aprender qual corpo usar para cada uma delas. Aff!