Semeando estrelas

semeador de estrelas diaO “Semeador de Estrelas” é uma estátua que está em Kaunas, Lituânia.

Durante o dia pode até passar despercebida, como mostra a foto.

Um bronze a mais, herança da época soviética.

Mas quando a noite chega, a estátua justifica seu título.

semeador de estrelas noite

Recebido por e-mail da queridona Sueli.

nem em teste eu sou uma coisa só

Achei o teste “Que livro você é” no blog da Inventadeira de Moda. Fiquei interessada e fui responder. Resultado: sou três livros ao mesmo tempo, vejam se pode:
“A paixão segundo GH”, de Clarice Lispector

Você é daqueles sujeitos profundos. Não que se acham profundos – profundos mesmo. Devido às maquinações constantes da sua cabecinha, ao longo do tempo você acumulou milhões de questionamentos. Hoje, em segundos, você é capaz de reconsiderar toda a sua existência. A visão de um objeto ou uma fala inocente de alguém às vezes desencadeiam viagens dilacerantes aos cantos mais obscuros de sua alma. Em geral, essa tendência introspectiva não faz de você uma pessoa fácil de se conviver. Aliás, você desperta até medo em algumas pessoas. Outras simplesmente não o conseguem entender.
Assim é também “A paixão segundo GH”, obra-prima de Clarice Lispector amada-idolatrada por leitores intelectuais e existencialistas, mas, sejamos sinceros, que assusta a maioria. Essa possível repulsa, porém, nunca anulará um milésimo de sua força literária. O mesmo vale para você: agrada a poucos, mas tem uma força única.

“O alquimista”, de Paulo Coelho

Há alguém no seu bairro, na sua empresa ou mesmo na região que não te conheça? Bem, podem não te conhecer pessoalmente, mas já ouviram falar de você com certeza. Popular e carismático, você está para as pessoas ao seu redor o que os best-sellers estão para os leitores: todo mundo conhece, a maioria gosta e/ou admira, mas alguns torcem o nariz devido ao seu excesso de popularidade, ou, é preciso dizer, de superficialidade mesmo. Afinal, essa personalidade que agrada a todos pode ter um quê de falta de personalidade, não é não? Bem, de toda forma, você não se importa com isso. O que importa é compartilhar a sua experiência de vida – mística ou não – e atrair admiradores.
“O alquimista” (1988) é, possivelmente, a mais conhecida das obras de Paulo Coelho, o mago das vendas em livrarias brasileiras e internacionais. Fenômeno de popularidade, já vendeu quase 38 milhões de cópias em todo o mundo e foi publicado em cerca de 140 países. E, claro, ocupa a cabeceira de muita gente em busca de autoconhecimento e entretenimento esotérico.

“Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto

Às vezes você tem uma séria vontade de estapear as pessoas, só para fazê-las acordarem e perceberem as injustiças deste mundo. Como podem viver em seus mundinhos banais, quando há quem passe fome e totalmente à margem de qualquer conforto ou assistência? Esta talvez seja a sua maior revolta. Por isso, você tenta fazer a sua parte. Talvez por meio de um trabalho voluntário, participando de movimentos populares ou somente se exaltando em rodas de amigos menos engajados. De qualquer maneira, você consegue de fato comover pessoas com seu discurso apaixonado e, ao mesmo tempo, baseado numa lógica de compaixão e igualdade que ninguém pode negar.
Essa missão é mais do que cumprida pelo belo “Morte e vida severina” (1966), poema dramático escrito pelo pernambucano Melo Neto que se tornou símbolo para uma geração em conflito com as consequências sociais geradas pelo capitalismo selvagem.

Hope

Eu quero vir aqui agradecer.
Agradecer ter a alegria de ter uma tia chamada Marina. De esquecer nossos desencontros e lembrar nossos encontros.
Marina era uma madrinha nota mil, uma pessoa presente e cheia de força, delicadeza e ética. Ponta firme, doce, querida. Adorava viajar com o tio – e acho que eles conheceram juntos quase tudo o que vale a pena neste Planeta Azul, tão cheio de maravilhas.
Jamais vou esquecer a compreensão e acolhida quando eles me convidaram para acompanhá-los em parte de uma destas jornadas. Foram os 10 dias mais bacanas da minha vida, em que pude, junto com a Marina e o Orlando, não só descobrir as belezas de Roma, Israel e Jordânia, como ter o prazer de ser acolhida, cuidada, paparicada e orientada por ela.
Carrego tantas lembranças boas e frescas desta viagem que os dois me proporcionaram que por estes poucos dias imagino o tanto que se divertiram e encantaram pelo mundo afora.
Lembro da minha tia viajante, trilíngue, inteligente.
Uma tia ativa, que zelava por sua casa – sempre acolhedora e linda – de um jeito que para mim sempre pareceu mágico.
A Marina professora, que no meio das aulas de inglês com tempestade, soltava um “Santa Barbara São Jerônimo” – como a vovó.
A Tia que está aqui ao meu lado, enquanto escrevo. E dentro de mim para sempre.
Obrigada, Marina, por me legar uma parte da força feminina que faz parte de cada uma de nós. Por me ensinar, por me acolher, por me amar. Obrigada.

For Lina

Lina Palestina boa de garfo
For the last days, I have the utmost pleasure of having Lina Rothman as my roommate… she is an American girl, 28, beautiful, so beautiful. She is in a real soul trip (I found it out) here in Brazil, trying to learn Portuguese. And for the last days, although I tried hard to speak to her in Portuguese, so she could learn, this house (aka Ladybug Hostel) has been an English spoken place.

I do love to have Lina as my companion at this time. First of all, look: I’m writing in English… WOW. Besides, she made clear to me that the questions we women have don’t have borders or frontiers. We all share the same questions marks, family issues, career doubts and so on…

Lina came into my life in a moment of pure loneliness and a kind of “soul trip”. In fact, she completely captivated me with her kindness, “do you want some hot tea with honey?”, her silence and serenity. Serenity, must be noticed, that comes of her shyness, one of the most alluring things about her.

She spent two weeks with me. I notice lots of changes on myself:

I’m speaking soft and low – most of the time

I’m washing dishes with a pleasure I didn’t have before (mostly because it remembers me of her)

I’m trying to write in English, so she can understand my writing. Although I imagine my English writing is kind of primary…

And, beyond this things, I’ve come to find a soul mate, just like my friend who sent her to me, Pati, to whom I never have to explain so much and is the most lovely person in this world.

I’m finishing this post on the end of my birthday… I’m doing this so Lina knows I’m happy and filled with love – from friends from all over the place. The day ended, Lina my xuxu, with a delicious Friday delivery dinner, part of it made by myself. I really can’t (yet) write the menu in English, sorry. But it was really delicious. And for my birthday cake, mom made pavê. YEAH!

Miss you, xuxu!

(written on april 18th, after my birthday – and for some reason not published till now)

Aniversário bão!

Ontem foi dia de aniversário na casa da Joaninha. Eu não tirei nenhuma foto – nenhuminha, juro – porque estava curtindo cada acontecimento.

No twitter, uma enxurrada de #lufreitasday e parabéns que me assombrou. Nas listas, idem. Montanhas de gente querida, muito querida, no meu orkut deixando lindos recados. No e-mail, idem.

Fechei o dia com um jantar em família. Afinal, é véspera de feriadão, tem gente viajando, amanhã tem festinha de amiga-professora, eu ainda tenho montanhas para escrever para a Revista Deusas e eu queria muito comemorar na Cozinha da Matilde – que está de agenda cheia, cheíissima, graças!

Houve muita emoção por aqui e deixo vocês com um poema lindo que a Nosphie me mandou de presente. Porque somos todas deusas – e nossa amizade começou com um poema….

Pro seu aniversário, eu escolhi outro presentinho, outro pedacinho de mim. Um poema que eu escrevi há anos, e que fala de mim… mas fala de você, e também da Lu.

E com ele, celebremos seu aniversário, e a benção e milagre que é o estarmos juntas.

Eu amo vocês. Feliz aniversário, Lucia. :**

Diosa

Yo soy la diosa antigua,
Eterna e inevitable, perenne…

Diosa del viento y la noche,
Señora de la fiera tormenta;
Cabalgando en los elementos,
Los corceles del relámpago
Me llevan hacia el universo…

Desafiando las batallas,
Recorriendo los caminos,
Construyo paso a paso
Las leyendas de mi vida.

Sacerdotisa del misterio,
Hija de la obscuridad…
Soy una, única y múltipla,
Soy mujer y diosa y bruja;
Renaciendo a cada noche
Recreo la vida y la muerte
En hechizos y embrujos;
La magia de mi diosa
Creando mundos e historias.

Nospheratt – 2002

Meu amor, carinho e respeito a cada um – acho que faltou responder a um tanto de gente, perdões – que lembrou de mim e me desejou felicidades. Vou carregar seus desejos pelo ano inteiro juntinho de mim.