Não vida e intensidade

Já há dois meses estou na correria com a tal da Campus Party – na verdade, com o Campus Blog, cuja organização me foi delegada. A partir de amanhã passo a viver umas 18h por dia na Bienal. Alegremente, porque não será a porcaria da São Paulo Fashion Week.
Para comemorar meu afastamento, nada melhor que este vídeo, antiguidade pura e diversão garantida.
Saudades dos amigos. Saudades da família. Saudades do tempo de manter de verdade um blog pessoal. Mas lá no trabalho está bem bacana. Até dia 18.


kitten vs. frontrow from mattcoats on Vimeo.

primaveras são mais que palavras vãs, meu bem

quem tem consciência para ter coragem
quem tem a força de saber que existe
e no centro da própria engrenagem
inventa a contra-mola que resiste
quem não vacila mesmo derrotado
quem já perdido nunca desespera
e envolto em tempestade decepado
entre os dentes segura a primavera.

da assinatura de lelex, pra comemorar um ano de barcamp
desconferências são mesmo inesquecíveis

Sobre enganos, doçura e vida

De novo mergulho abaixo do limite.
Outra vez sei que a superfície está mais perto.
Não tenho mais medo. Apesar de ter me prometido (através de Zélia) não me enganar mais, sei que vou errar, sim. que bom! Desde que o erro traga sua lição, será ótimo!
vivo, elétron livre. Como sustentar a liberdade? A pergunta volta e volta e volta. Eu teimo em buscar a resposta, apesar dos becos sem saída. Ainda bem que ainda não estou emparedada.
E, como sempre, me alimentam os tênues fios de web que me sustentam. Ver o blog do Danilo crescer, ver o blog (fechado) do AE9 ser construído a muitas mãos e com diversos olhares sobre o mesmo tema. Saber que o blog (também fechado) da MAC ajuda a construir uma ferramenta de troca dentro da corporação. Todas sementinhas minhas. Todas plantinhas a crescer.
Ver o novo sistema do Disq, fazer a minha revisão, oferecer a minha experiência para dar respostas a perguntas que parecem sem resposta.
Saber que a vida – e a mudança – tem sim um trecho de amargor. Lembrar que, sim, podaram a amoreira onde eu costumava roubar doçura no sol a pino e na noite alta. Mas há outras, sempre haverá. E sempre, sempre, sempre, este vagalume chamado esperança, que pisca em frente aos meus olhos.

Mudar de casa

Trocar Blogger por WordPress, neste instante, significa aprofundar uma experiência. Deixar de usar uma ferramenta pronta – que tem tudo instalado, confortável, fácil e simples – para configurar cada detalhe, controlar tudo.
Passei mais de mês em transe, paralisada, maturando a decisão. Vou ou não vou? Conversas voaram pelo msn e pelo gtalk. Cada um contribuiu com um tantinho: Nospheratt, Manoel, Jânio, Cris Bull, as dicas das listas. E, com o www.ladybugbrazil.com registradinho, hospedadíssimo, precisei superar a grande barreira do conforto e dar o salto.
Confesso que precisei de uma sessão inteira de terapia – que era sobre trabalho, veja bem – para fazer. O resultado foi maravilhoso: ontem passei quatro horas em frente do computador, mesmerizada, trabalhando como louca, para começar a colocar a nova casa em pé.
Agora que comecei o post me toquei: não é mudar, é construir uma casa nova. Significa mudar um tanto: links, feeds, divulgação, cadastros – tudo muda! Claro que já sabia disso. Mas não tinha realizado o tamanho da tarefa, o tanto que fiz em menos de um ano de Ladybug Brasil. Aquele blog de lá, com seu fundo claro, as notícias que parecem marés, me encanta e me faz focar. O melhor: graças às dicas, quem guardou o endereço blogspot não se perderá. A casa nova nascerá, se tudo der certo, com o mesmo page rank, os mesmos assinantes do feed, etc etc etc.
Este aqui? Continua na casa velha, confortável, conhecida. Como tantos outros que faço ou com os quais colaboro. Um ponto de conforto no meio de uma tormenta que acontece num mar liso, em dias dourados. Este é meu Puzzle Diário, o lugar das descobertas, dos amigos mais chegados, da vida “antiga” que fez brotar a nova. Este, eu não mudo não.