Crisis? Where?

Os dias são lindos, azuis, cheios de alegria.
Numa noite quente surge a dor. Uma dor enorme e fina, atravessadora.
“Medo, mano velho, achei que tinha te mandado ver navios no cais de Santos.”
O dia segue lindo. Eu travo, outro faz. E fazer, eu sei, traz mais afazeres. Cria mundos e novas perspectivas. O pecado, surdo-mudo, preenche células.
Afazeres se acumulam na tela.
Indiferente, a muda cresce, ramifica, cria outras possibilidades.

Sorrisos

Caminhada sob o sol a pino
Sobre a passarela
uma borboleta amarela
quase me atropela (e viva a rima quebrada)
Em frente ao HC, desamparo e dor
Atravesso o túnel, em direção ao cemitério
Céu azul, árvores em flor
Um reencontro no ponto – alguém cujo nome não sei
Tomo o ônibus errado, termino atrás da igreja
A felicidade do erro é linda!
Caminho sem medo sob o céu da cidade
Iluminada pela vida
Embalada pela inspiração
(22/2/07)

Mimos


Voam sorrisos e fotos
Encontram-se idéias, desejos, fazeres, paixões
Disparam-se futuros. Devir, por vir.
Tua presença é calor na carne
Desperta o que dormia
Coloca pra correr o medo

Violets for your furs

Era um dia de verão. Sexta-feira de Carnaval. Eu imaginando como seria sair com o Bola Preta no Rio, preparando o tal do site que nunca sai (uff), fazendo orçamentos, últimos contatos antes da parada geral para a folia. E rolava uma discussão quente nas tais das listas. E eu esquentei junto: mandei uma mensagem ENORME, sem medo de pancada. Só disse o que realmente sinto a respeito do assunto e do site em questão (não, eu não vou citar). Resultado: o moçoilo que me interessava ficou feliz, feliz. Convidou pra um drinque. (vocês estão vendo o sorrisinho aqui? Imaginem, imaginem)
Mais do que rápido topei. Na velocidade da luz, liguei. Fiz bem – muito bem. Ao vivo, o que senti navegando se confirmou: é um homem maravilhoso, mesmo. Intuição virtual? Rá! Foi de verdade mesmo.
E agora, como diz a Marga linda, segue a vida, começam os disparos, vislumbres de outros mundos. Agora começa este cruzamento único que o amor traz: sorrir pro dia lindo que amanheceu, pra briga dos gatos, pra dor que toma conta quando o moço da uma sumidinha…
Nem tudo são maravilhas. Nunca é. Mas é bom! Preparem-se: poesias virão.
Foto do Flickr da Esther 17 em homenagem aos dias 17 – de todos os meses.