Sem fôlego

Caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar…
A frase ecoa, circular, entre músicas, afazeres, sonhos.
surge um caminho como que do nada
feito de carinho, doçura, intimidade
Pontilhado de alegrias, olhos risonhos, prazer
e, como sempre, alguma dor.
Surpreende a facilidade, a simplicidade.
Pequenos balés que se fazem: na rua, no parque e, num dia por vir, à beira do mar.
Um mar bom que embala a vida, traz à vida novos sentimentos. Esperança.
Entre imagens e sons, fazemos.
Vai aí o original, de Antonio Machado:
Caminhante, são teus rastros
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.

Mãos

Quero me encaixar em tuas mãos e me deixar embalar. Acordar, ir para o trabalho e, depois, seguir dançando na vida, sem medo ou reserva. Me encantam a força, a delicadeza, a potência destas mãos.

quando um vcast é pura poesia

Está anoitecendo, o céu tenta ficar rosinha (mas não consegue)
A pouca passarinhada busca seus ninhos
Te vejo on-line e sinto tua voz, teu rosto, tuas mãos fazendo o que sempre fazem comigo: tremores, terremotos, idas e vindas que me disparam pro mundo, me sonham, me abraçam…
Sorrio, gargalho, respiro fundo pra conter esta mágica e fazer dela uma relação.
Olhos úmidos, mãos que suam, tarefas que me chamam. Ok, já vou…
Mas agora é paixão, é entrega, é receber mils carinhos, é dar muito carinho.
Hora de descobrir, investigar, descobrir como fazer esta plantinha crescer.
Aqui resta a certeza de algo absolutamente novo, realmente poético e vivido de dentro das vísceras.

Crisis? Where?

Os dias são lindos, azuis, cheios de alegria.
Numa noite quente surge a dor. Uma dor enorme e fina, atravessadora.
“Medo, mano velho, achei que tinha te mandado ver navios no cais de Santos.”
O dia segue lindo. Eu travo, outro faz. E fazer, eu sei, traz mais afazeres. Cria mundos e novas perspectivas. O pecado, surdo-mudo, preenche células.
Afazeres se acumulam na tela.
Indiferente, a muda cresce, ramifica, cria outras possibilidades.