Preguiça triste

Faz falta o grupo. Sem os anatômicos quase perco o gás.
Tá duro viver, seguir em frente. Um silêncio enorme me enche, preenche.
E o blog vai sofrendo de falta de notícias.
Enquanto no mundo lá fora o fluxo se mantém, intenso, constante.

Pra quê lutar?

Explosões continuam – no Cairo, em Londres, em Bagdá
A tristeza de uma trabalheira infinda
Saber da mudança não facilita a vida
Conhecer o movimento só faz com que a gente conheça a direção
O sentido, cadê o sentido.
Sentida, me sento e escrevo. Faço álbum, recrio uma história, reescrevo mil vezes o mesmo micro texto.
Tanto pra contar, tanta preguiça! Vem a voz: você tem que pagar as contas, pague as contas, pague as contas
E tudo perde o sentido
As pequenas invenções que ficam na cabeça
As vãs tentativas de fazer trabalho florescer
Tudo parece vazio, vazio.
Escorrego pelo viver, me entrego ao movimento

Reiki santo!

A Sueli veio aqui em casa e fez uma sessão de Reiki caprichadinha. Tô nova. A agonia foi embora, me achei, já posso respirar tranqüila. Para quem não sabe, o Reiki é um sistema simples e profundo, de cura natural através da imposição das mãos , reconhecido desde 1962 pela Organização Mundial de Saúde como prática terapêutica que contribui para o bem estar da humanidade. Foi desenvolvido por Mikao Usui que viveu no Japão durante o século XIX. Tecnicamente falando o Reiki pode ser considerado como um dos muitos métodos e sistemas que fazem parte da família Qigong, usados para activar, harmonizar e (re)ligar o nosso Ser à Energia Vital Universal, e parece ter tido as suas raízes no Shintoísmo e Budismo.

eureka!

Descubro onde foi o nó: eu não sabia se crescia – e fazia valer o meu ponto de vista – ou diminuía – e me retirava da história da doença da minha mãe.
Travou geral. Conheço essa forma, esse jeito. Perdi o controle do que estava à minha volta, a capacidade de afetar o outro. Mal conseguia me comunicar. Presa numa armadilha, não tinha como escapar. Perdi a capacidade de conexão, de estar, de presença. Me perdi de mim. O mais triste é que a crise continua a vir da família e a solução continua fora dela. “Você não muda”, diz Regina Favre. “Mas vai aprender a se manejar melhor”, continua…
Dói!