Quanto custa um sonho?

Quanto estou disposta a pagar pelo meu SONHO? tudo? quase tudo? Estes dias, a vida tem cobrado de mim uma resposta. No mínimo, uma atitude. Acho que é a história de fazer 42, tem o retorno de Saturno, é o tal do setênio terminando (odeio R. Steiner), etc
Como estou atravessada pela dor hoje – seguro heroicamente as pontas, me grudo no trabalho – resolvi usar essa imagem linda. Não sei onde peguei, mas como não anotei o crédito é uso livre. Pena não conseguir dar crédito ao autor. É tão linda!
Aí vem a Beth Barbi, amiga querida e distante, e manda uma série de poemas pensantes, todos inspirados no célebre Maiakovski:
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem.
Pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Eu sigo falando e cantando, lá no Ladybug. Eu sigo lutando para manter as flores vivas, o cão ladrando, o poeta cantando. Eu sigo… E, preciso dizer, às vezes me pergunto se o preço que pago vale a pena.

Não te conheço?

Na internet acontecem coisas especiais. Você conhece pessoas, compartilha experiências e descobertas, descobre outros mundos, participa de listas, discute, conta histórias… Mundão feito de gente. E funciona como o mundão “real”: simpatias, parcerias, antipatias e relações vão se fazendo nos contatos.
Hoje tenho mais contato com gente que não conheço pessoalmente ou não vejo há muito tempo do que com gente de carne e osso. Sou uma mulher pra lá de feliz. Uma das coisas que mais gosto é gente – de preferência inteligente e bem-humorada, mas essas qualidades não são condições para um bom encontro.
Tudo isso para deixar claro que estou encantada por um cara que conheci na internet. Ele não tem a menor idéia disso, tenho quase certeza que jamais notou minha “presença”. E a cada dia que passa, me vejo mais derretida. Suas fotos são geniais, o cara escreve textos sensacionais, manda dicas pra lá de bacanas na lista em que o conheci… visito o seu flickr – às vezes até deixo recadinhos mas não declaro interesse -, leio os textos nos blogs (ele também tem muitos), escuto seus podcasts. Já sei que ele também gosta de gatos (tem dois).
Observo tudo, teoricamente coberta de anonimato, e fico na minha. Digo teoricamente porque sei que ele pode descobrir quem eu sou (na internet, como na vida aqui fora, privacidade e anonimato são uma falácia). Mas porque tentaria?
Suspiro.
Vou trabalhar que ganho mais. Mas que este homem parece ser um pedaço de mau caminho, ah, isso ele parece. Estou curiosa.

Triste, triste

Tô triste, triste.
E sempre que fico assim, corro pra cá. Afinal, o Puzzle é a minha casa, a minha cara, o meu corpo, o lugar pra eu encontrar os meus amigos. E, confesso, não tenho razões para ficar triste. Vejam só:

  • O Ladybug ontem teve muitas visitas e bati o meu recorde de comentários no post sobre os Weimaraners.
  • Recebi um e-mail do povo do DisqFloral com um parabéns de visitante para o site que nós, da ActiveDuck, construímos. UHU!
  • Estou com frila para a Boa Forma.
  • Recomeçamos os trabalhos para os grupos de transmissão de Anatomia Emocional no Palas Athena e a continuidade, no consultório do Saulo.
  • Saiu a primeira matéria sobre o Adega&Vinho, que estou divulgando.
  • O site do Canadá tá ficando bonitão. Mas só mostro quando ficar pronto.

Aí, me diz: porque estou triste? Quero chorar, chorar, chorar. Porque a vida, claro, não é fácil não. Agradeço por ter esta facilidade pra escrever e chorar. Já pensou guardar tudo pra dentro? Tá certo, às vezes preciso mesmo é de um bom interlocutor. E sem alguns amigos pra lá de fiéis, seria impossível. Yara, Paula, PatiKa, o povo da blogosfera, do radinho…
A razão da tristeza? Não importa. A grande pergunta, eu sei, é outra: o que fazer com esta tristeza?