Carne fria

Estendida, a carne, que um dia foi “minha”, fria, fria fria.

A mesma que me ensinou a fazer nhoque, massa de torta.

A mesma que me deu milhares de fotonovelas absolutamente impróprias para a minha idade.

A mesma que me ajudou a caminhar, a estudar.

Aquela que sonhou que eu ia ser grande… casar, ter filhos (morreu sem isso, pecado)

Aquela carne que me deu abrigo no meio da tormenta, que me confortou quando os monstros entravam embaixo da minha cama, pela janela.

Os olhos azuis, azuis, fechados, já não vêm o meu sorriso – nem as minhas lágrimas

As mãos que fizeram aventais da pré-escola, tapetes de crochê e pegadores de panela se cruzaram, com o terço bonito sobre elas.

Foram as mesmas mãos que plantaram a flor de maio que está na varanda.

As mesmas que alisaram os meus cabelos. Elas mesmas.

As mesmas mãos que trocaram fraldas de duas gerações, que cuidavam de cachorros, gatos e plantas. Aqueles olhos que adoravam novelas – qualquer uma.

Adeus olhos. Adeus mãos. Alô tristeza.

Natal

Lá vem o Natal. Mesa pesada, casa arrumada, presentes no pé da árvore.
Acabou a correria.
Chegou a hora de estar juntos.
Beijos pros amigos que estão lá longe.
Beijos pros amigos que estão aqui perto (e nunca dá tempo de visitar)
E obrigada pelos lindos cartões de Natal/Ano Novo…

Notícias do Danilão

Update: Danilão saiu do hospital na quarta. Dizem que foi um espasmo cardíaco – não chegou a ser um infarto, mas parece que é sério. Na quinta, ele teve um episódio de pressão (chegou a 20/16) e desmaiou… mudanças nos remédios deram conta.
Ele está descansando em casa, a gente (família) fica de olho. Já está até a passear por aí. Sexta fomos jantar fora. Hoje foi ao aniversário do afilhado. Amanhã, cardiologista o atenderá.
Agradeço as rezas!
P.S.: por algum motivo, o blogger se recusa a publicar fotos, então vou ficar devendo.