Socorro!

Já teve um tempo que pedi socorro por não estar sentindo nada.
Hoje peço socorro contra a dor. Haja estoque de analgésico para dar conta de um trem deste tamanho. Encontrar e perder, assim, sem aviso. E ainda por cima pra uma ex. Ah, fala sério!
Eu devo ter jogado pedra na cruz. Só pode ser carma, só pode ser.
E, confesso, eu ainda não acabei embaixo de um carro nem de um ônibus e nem sofri um acidente, porque o anjo da guarda realmente existe, funciona e está bem atento. E eu, sem foco, caminho perdida na avenida…

Amor infinito?

Diz a lenda que amor é infinito. Será? Presa numa sala escura não tenho como saber. Só o futuro conta e, vou te contar, ele demora para chegar.
Fica uma imagem do sol com as possibilidades e tropeços que só a vida mostra.

Quanto custa um sonho?

Quanto estou disposta a pagar pelo meu SONHO? tudo? quase tudo? Estes dias, a vida tem cobrado de mim uma resposta. No mínimo, uma atitude. Acho que é a história de fazer 42, tem o retorno de Saturno, é o tal do setênio terminando (odeio R. Steiner), etc
Como estou atravessada pela dor hoje – seguro heroicamente as pontas, me grudo no trabalho – resolvi usar essa imagem linda. Não sei onde peguei, mas como não anotei o crédito é uso livre. Pena não conseguir dar crédito ao autor. É tão linda!
Aí vem a Beth Barbi, amiga querida e distante, e manda uma série de poemas pensantes, todos inspirados no célebre Maiakovski:
Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem.
Pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Eu sigo falando e cantando, lá no Ladybug. Eu sigo lutando para manter as flores vivas, o cão ladrando, o poeta cantando. Eu sigo… E, preciso dizer, às vezes me pergunto se o preço que pago vale a pena.