Tico – 1999 – 2012

Um pouco depois da Charlote chegar, veio o seu par branquelo. Era Rodolfo, virou Tico por conta da numerologia…

Arisco, levou anos para me pedir um carinho. Bem mais que a Priscila. Nunca pediu nada. Raramente soltava seu miado fininho pela casa. Mas iluminava os olhos, sempre, sempre, sempre.

 

No dia do descabelamento, vi o moço mancando. No dia seguinte, levei ao veterinário. De volta, mediquei. Ele não melhorou. Na segunda, encontrei o moço jogado dentro da caixa de areia (suja)… embrulhei bem na toalha de madame, coloquei no transporte e corri pro hospital veterinário.

No dia seguinte, 12 de junho, eu fui pra quimio absolutamente preocupada com o braquelo. Quando voltei, liguei e descobri que não tinha jeito. Ele estava quase em coma. O povo do hospital tentou, mas não teve jeito, os rins tinham parado. Eu me despedi, mas tenho quase certeza que ele não ouviu. Eu chorei um pouco e fiquei com ele o caminho inteiro, como há de ser.

Ele deve estar enroladinho com a Charlote, num yin-yang eterno, agora.

I never gonna say goodbye, boy… Love you.