Hoje tive de fazer uma correria: achei que iria levar minha mãe ao médico para um curativo – ela machucou a perna há duas semanas e a recuperação não está bacana. Acabei fazendo (de novo) a internação dela – tem um pedaço de perna necrosado, um inchaço esquisito… No meio do caminho, peguei na mão dela, no meio do trânsito e senti o enorme amor e o quanto a presença dela é fundamental na minha vida. Chorei de emoção, de medo, de amor. Senti a dor dos amigos que perderam suas mães este ano. Ela, mais que depressa, me pediu pra ser forte. C*! PQP! E eu não fui? Larguei tudo e fui levá-la pro hospital, esqueci trabalho, dinheiro, banco, cliente! E ainda por cima mostrei como estava me sentindo: frágil, desamparada, uma casquinha de noz perdida num universo enorme. Ainda choro. E tento lembrar um poema do Álvaro Campos (Fernando Pessoa) que estava numa revista… tentativa inútil. Nunca fui boa pra guardar poemas, só música e olhe lá…