No dia dos atentados em Londres, outras imagens precisam estar no ar.
Eugênia começou a brincadeira, com as rosas brancas: “Rosas Brancas, rosas da paz, da harmonia e do equilíbrio. Que tudo na nossa vida possa ser um caminho de bênçãos e de paz
Rosas, rosas e rosas. Os espinhos picam, mas o perfume fica.”
Seu amigo Sergio Condé deu o troco:
A verdade do que sou
Sob o olhar do outro vou além do limite da minha alma
Que impotente, me vê distanciar
Num arroubo de força e farsa.
Partindo-me aos pedaços, tornando-me incoerente.
Ao preço de uma ilusória imagem
Que apenas me leva pra longe
Da casa onde o Eu é filho,
Da casa onde Ele é Pai
Saudoso de mim retorno da farsa que deixo morta
E desperto para a força mansa
Verdade do simples ser
Fluindo e autentificando
A cada gesto encontrando
Um gosto de coração
Não luto pra ter amor
Não peço pra ter paixão
Não faço da vida um medo
Não culpo o meu irmão
Na falta do seu olhar
Aceito a solidão
Se nela eu me encontrar
No foco do meu olhar
Somente me vendo pequeno
Eu posso me entregar.
A verdade do que eu sou
Me espera nos bastidores
Ela passa pela dor
Ela passa pela mágoa
Ela passa pela ilusão
E mergulha na minha água
Desmancha a minha pedra
Acende o meu foguete
Explode meu ego triste
No céu da imensidão
Foi feito de impressões
Aquilo que eu não sou
A verdade do que eu sou
Me espera nas entrelinhas
Ela chega de mansinho
No silêncio, num cantinho
Numa criança sentida
Num sem querer porque
De repente, sem esforço
Vem num gesto de carinho
Comungando a vida sente
Sem ontem nem amanhã
A verdade do que eu sou
Me foge por entre os dedos
Assim que eu quero pegar
É como um sopro de vida
Morando no olhar que ama.
Dormindo no colo quente
Dizendo o que ela sente
Gerando o inesperado
Brincando de ser presente.