Miedo


Lenine

Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienem miedo de subir y miedo de bajar
Tienem miedo de la noche y miedo del azul
Tienem miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dotor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de ascender e medo de apagar
Tenho medo de espera e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa onde ninguém vai
O medo é como un laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienem miedo de reir y miedo de llorar
Tienem miedo de ecnontrarse y miedo de no ser
Tienem miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

foto: violet flower ball with bumblebees, por overdrive_cz no Flickr

Alemão que veio do Rio

No Humaitá, à sobra do Cristo, tem alguém que sabe certinho o que acontece – e está sintonizado na onda que surfo. Em tributo a este homem tão especial e importante, publique-se:

Antes do compromisso,
Há hesitação, a oportunidade de recuar,
A ineficácia permanente.
Em todo ato de iniciativa (e de criação),
Há uma verdade elementar
Cujo desconhecimento destrói muitas idéias
E planos esplêndidos:
No momento em que nos comprometemos de fato,
A Providência também age.
Ocorre toda espécie de coisas para nos ajudar,
Coisas que de outro modo nunca ocorreriam.
Toda uma cadeia de eventos emana decisão,
Fazendo vir em nosso favor todo tipo
De encontros, de incidentes
E de apoio material imprevistos
Que ninguém poderia sonhar
Que surgiria em seu caminho.
Começa, sempre, tudo o que possas fazer,
Ou que sonhas poder fazer.
A ousadia traz em si o gênio, o poder e a magia.

Goethe

Lá vem a vida

Mino carta estréia na blogosfera. Velho jornalista, novo meio. Em silêncio começa outro mês, recheado de natureza, feriados, à beira de uma votação. Além da arrebentação, espero… a onda virá, se levantará e usando os recursos disponíveis, estarei pronta ao surfe.
Alguém me disse outro dia no MSN que é pura adrenalina. Não tenho a menor noção da sensação muscular do surfe (uma velha curiosidade). O esporte das praias, resume-se a horas olhando o mar no seu ir e vir de diversas camadas. Mas há uma nova modalidade de surfe: a vida. Há ondas que sobem, períodos de simples estar, de espera sem expectativa. Sabe-se que ela virá. A onda. As ondas. A seqüência. E no simples estar, surge uma atenção, a prontidão para experimentar. Descer, deslizar, entrar no tubo, sair, sintonizar, cair.
Delicados equilíbrios feitos em chispas elétricas. E líquidas.

Para as crianças… Pina Bausch


Regina Favre; Margaret Chillemi; Fale com Ela; Bandoneon; O que fazem Pina Bausch e seus bailarinos em Wuppertal?
Ela chegou à minha vida por outras mãos. Fina, elegante, humana. Desde junho, a expectativa: ela vem! Para as crianças de ontem, hoje e amanhã (9-11 de outro jeito). De repente, um telefonema: “quer ir comigo?”. Que surpresa! Quanto prazer! Que felicidade! Os céus – e a amiga sensível – responderam aos tempos de penúria. Exclusivamente financeira, teimo em notar.
Ah! Dia de estréia, evento fechado. Nervoso ainda na rua: um bom congestionamento para marcar a coexistência de tantos eventos no mesmo lado da cidade. Os carrões e sua falta de educação se mostraram. Lá estavam os flashes para os globais, os notáveis. Os fotógrafos que tão bem conheço. Eu além do 1,80m por conta do salto tentando a invisibilidade. Só queria ver herr Bausch, deixar a arte me levar-enlevar.