Rizomas, raízes fundas. Enterradas em tempo, construídas em gestos, olhares, sons, toques. A boca sabe o que fazer, as entranhas conversam entre si. Tentar esquecer a mentira “alma gêmea”. Estar, receber, dar. Pulsar, pulsar.
Ouvir músicas e criar uma trilha sonora. Dores e angústias permeiam alegrias. Ser refúgio, dar abrigo a noites insones, cansaços, necessidades. Movimentos que se cruzam: de Sampa pro Rio; do Rio pra Sampa. Tentar usar saca-rolha pra arrancar conversas. Conseguir estar em silêncio, olhares mútuos iluminados pela tevê, pelo computador, por programas, pela lua cheia, por memórias, pela separação.
Atitudes que já não funcionam surgem. Medo do Velho. Contar cinco passos. Fazer cinco passos. Auto-poiese.
Despedir-se é melancólico. Cigarros se acendem na madrugada. O coração do outro embala meu sono. Tempos possíveis revelam devires. A pergunta fica: e agora? O gesto emerge, tentativa conhecida de construir uma ponte. Aérea? Dizer o sentimento, neste par, muitas vezes é em LIBRAS, a língua que esqueci por falta de uso, mas ainda sei. Olhos se iluminam com mãos que se movem. Como se diz “e agora?” em Libras?