namastê para Zélia Duncan


lucia_ae
Originally uploaded by Lucia Freitas

Pensei
Que haveria um pouco mais
De amor para mim
Guardei
Cada luar
Cada verso encoberto
Nas notas da canção

Pra que
Se um vazio me esperava
E eu não percebi
Devolve meus dias
Minha alegria
Diz nos meus olhos
Verdades ruins
(Esse é o refrão)
(2x)

Que não foi bom rimar
Cada carinho que eu fiz
Que a minha voz cantada
Nem soa tão bem
Que os nossos sonhos
Foram pesadelos
Enfim,
Mas pelo menos
Fala pra mim

Esse silêncio
É que me atordoa
Se foi tudo à toa
Volta e me deixa
Me recolho,volto ao meu mundo
O que é só meu
Tem que voltar pra mim

Me lembro quando
Você passou
Era um dia tão claro de sol
Pensei:”Meu Deus,
É um sonho!”
Meu coração feito louco
Batuque

Por isso agora
Não me machuque
Vou te guardar como
Triste lembrança
Ninguém jamais vai me
Enganar outra vez
Eu prometo à vocês

O Laço e o Abraço

Foto: reprodução de cartão de um quadro de Piero Della Francesca.
Para comemorar um fim, para celebrar o reencontro comigo, para agradecer aos amigos e à família, que sempre estão a meu lado. Principalmente, pela existência da tribo formativa, querida, especial, humana, presente.

Poema recebido por e-mail, de Augusto César
Meu Deus!!! Como é engraçado!…
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço.
Uma fita dando voltas?
Se enrosca…
Mas não se embola,
vira, revira, circula e pronto:
está dado o laço

É assim que é o abraço:
coração com coração,
tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço:
um abraço no presente, no cabelo,
no vestido, em
qualquer coisa onde o faço.

E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando devagarinho,
desmancha,
desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo,
fica solto no vestido.
E na fita, que curioso,
não faltou nem um pedaço.

Ah! Então é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho,
mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo,
laço de amizade.
E quando alguém
briga, então se diz
– romperam-se os laços.-
E saem as duas partes,
igual meus laços de fita,
sem perder nenhum pedaço.

Então o amor é isso…
Não prende, não escraviza,
não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.
[update, 23/06/2007] Este poema é da psicóloga Maria Beatriz Marinho dos Anjos, de Belo Horizonte.