Quarta-feira é sagrado. A turma formativa almoça junta, depois da aula no corso da Apinagés. Na última quarta, 26, a Marcinha formulou um novo mudrá.
Quando eu estiver menos cansada, explicarei o que é.
Enquanto isso, vocês podem curtir o movimento…
Mais uma despedida
A gente está se despedindo de uma intensidade, de um mergulho, de uma jornada muito longa. Muito longa e muito transformadora pra nós.
Incluir-se sem exposição
Novo movimento. Outro momento. Hora de discriminar as direções e seus efeitos. Contrair é colocar para fora – contrair é absorver
Expandir é buscar – expandir é colocar no mundo
Outra pesquisa: incluir-se sem exposição
Ainda o Amor
Antonia e Luigi disparam a vontade de de encontrar um caminho.
Fico meio sem chão: uma parte voa, outra fica. Ulilope, Penesses… híbridos surgem
No meio da luta pela sobrevivência, a questão amorosa é uma questão sensível. Máquina celibatária concreta, me vejo relendo a tese da Marga, o texto da Sueli no Micropolíticas. Em busca de respostas prontas para algo que só eu posso fazer. É o meu processo, a minha busca. Como ir se não tenho como manter meu chão, meu teto? Movimento complexo.
Na primeira semana depois do encontro, ficou a vontade de outro bom encontro amoroso. Bom no sentido de disparador, rizomático – a deliciosa catapulta que me faz visitar céus e infernos, descobrir novos horizontes, visitar outras paisagens e armar minha rede na varanda da casa alheia. Revisitar, aterrorizada, as velhas formas cristalizadas de me relacionar.
Desejo sutil, potente e eletrizante de experimentar de novo o tal do amor.E na experiência, aprender novas regulagens, outras modulações. Não tenho coragem! As oportunidades batem na minha porta e eu posso vê-las, senti-las, afetar-me. Não tenho coragem. Também não tenho medo. Fico achando que não quero, ainda não chegou a hora. Vejo, muito perto, a possibilidade de ser capturada pela velha balela da alma gêmea.
No instante seguinte ao nosso encontro, sentei e revisei o texto que escrevi para encerrar um grande amor. Reescrevi, mudei sutilezas. Quero dividi-lo? Publicá-lo? Não sei, não sei. Quero rever, sim. Só o texto. Nem pensar em chegar perto daquele homem que despertou tanto! A tranquilidade emana da distância. Aqui, fora da roda viva e dos afetos que o amor dispara em mim, posso me sentar e apreciar a paisagem, regular os fluxos, escolher os caminhos. Quero isso num encontro. Quero aquilo num encontro. Quero tanto no (e do) encontro – e acabo de mãos vazias.
Volto a fechar o diafragma, proteção instintiva e pronta contra todos os males. O amor é um mal?
SE VOCÊ VOLTAR(Letra: Ângela Rô Rô/ Antonio Adolfo)
O amor é bom e ruim
O amor costuma ser mesmo assim
São as penas que ajudam também
A voar para o além
Mas se você voltar e me ajudar a conhecer
Aquele fogo brando do amor
Que nós deixamos morrer
Se você voltar e me ajudar a conseguir
A luz que guiará nossos axés até se ir
Quem é forte e nega seu próprio amor
É tão fraco que não suportou a dor
É melhor se perder prá depois reviver todo um bem
Mas ser você voltar e ensinar a essa gente
Que mais vale um amor mesmo que seja
Assim tão quente, ao ponto de queimar
O coração e a nossa mente que ser feliz
É só não desistir tão facilmente
Recomeço
UFA! Recomeçamos o grupo. Reencontros, abraços (ai que trem bão), outra navegação. Vamos ler Corporificando a Experiência (junto com Anatomia Emocional e outros livros do Keleman). É um alívio estar de novo no grupo – renovado com outras presenças.
Cabe a mim o registro. A vida parece retornar ao seu trilho formativo. Expressões voltam a emergir. Um relance me diz que escondo muito mais do que revelo. Será?
Como é bom estar em roda, poder se afetar, produzir.