Preguiça triste

Faz falta o grupo. Sem os anatômicos quase perco o gás.
Tá duro viver, seguir em frente. Um silêncio enorme me enche, preenche.
E o blog vai sofrendo de falta de notícias.
Enquanto no mundo lá fora o fluxo se mantém, intenso, constante.

Pra quê lutar?

Explosões continuam – no Cairo, em Londres, em Bagdá
A tristeza de uma trabalheira infinda
Saber da mudança não facilita a vida
Conhecer o movimento só faz com que a gente conheça a direção
O sentido, cadê o sentido.
Sentida, me sento e escrevo. Faço álbum, recrio uma história, reescrevo mil vezes o mesmo micro texto.
Tanto pra contar, tanta preguiça! Vem a voz: você tem que pagar as contas, pague as contas, pague as contas
E tudo perde o sentido
As pequenas invenções que ficam na cabeça
As vãs tentativas de fazer trabalho florescer
Tudo parece vazio, vazio.
Escorrego pelo viver, me entrego ao movimento