Na internet acontecem coisas especiais. Você conhece pessoas, compartilha experiências e descobertas, descobre outros mundos, participa de listas, discute, conta histórias… Mundão feito de gente. E funciona como o mundão “real”: simpatias, parcerias, antipatias e relações vão se fazendo nos contatos.
Hoje tenho mais contato com gente que não conheço pessoalmente ou não vejo há muito tempo do que com gente de carne e osso. Sou uma mulher pra lá de feliz. Uma das coisas que mais gosto é gente – de preferência inteligente e bem-humorada, mas essas qualidades não são condições para um bom encontro.
Tudo isso para deixar claro que estou encantada por um cara que conheci na internet. Ele não tem a menor idéia disso, tenho quase certeza que jamais notou minha “presença”. E a cada dia que passa, me vejo mais derretida. Suas fotos são geniais, o cara escreve textos sensacionais, manda dicas pra lá de bacanas na lista em que o conheci… visito o seu flickr – às vezes até deixo recadinhos mas não declaro interesse -, leio os textos nos blogs (ele também tem muitos), escuto seus podcasts. Já sei que ele também gosta de gatos (tem dois).
Observo tudo, teoricamente coberta de anonimato, e fico na minha. Digo teoricamente porque sei que ele pode descobrir quem eu sou (na internet, como na vida aqui fora, privacidade e anonimato são uma falácia). Mas porque tentaria?
Suspiro.
Vou trabalhar que ganho mais. Mas que este homem parece ser um pedaço de mau caminho, ah, isso ele parece. Estou curiosa.