Fora da lagoa


Pra quem acha que lugar de sapo é na Lagoa,lá vai uma das muitas espécies que vivem no deserto. Estava mesmo em busca de um outro, que vi no Discovery ou no Animal Planet, que renasce com a chuva do verão.
Parábola pouca é bobagem.
Desert toad Posted by Picasa

Sorriso do Gato


“Mas eu não quero me encontrar com gente louca”, observou Alice. “Você não pode evitar isso”, replicou o gato. “Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco, você é louca”. “Como sabe que sou louca?”, indagou Alice. “Deve ser”, disse o gato, “ou não teria vindo aqui”. (Alice no País das Maravilhas)
Assim se descreve o blog Demencia13, do Cambaleante Hazzmanazz. Cheio de downloads, é escuro e metaleiro. Uma luz diferente. Posted by Picasa

update: O Demencia 13 fechou. Agora a onda permanece viva no Taverna do Bárbaro.

E agora? (Reencontros)

Rizomas, raízes fundas. Enterradas em tempo, construídas em gestos, olhares, sons, toques. A boca sabe o que fazer, as entranhas conversam entre si. Tentar esquecer a mentira “alma gêmea”. Estar, receber, dar. Pulsar, pulsar.
Ouvir músicas e criar uma trilha sonora. Dores e angústias permeiam alegrias. Ser refúgio, dar abrigo a noites insones, cansaços, necessidades. Movimentos que se cruzam: de Sampa pro Rio; do Rio pra Sampa. Tentar usar saca-rolha pra arrancar conversas. Conseguir estar em silêncio, olhares mútuos iluminados pela tevê, pelo computador, por programas, pela lua cheia, por memórias, pela separação.
Atitudes que já não funcionam surgem. Medo do Velho. Contar cinco passos. Fazer cinco passos. Auto-poiese.
Despedir-se é melancólico. Cigarros se acendem na madrugada. O coração do outro embala meu sono. Tempos possíveis revelam devires. A pergunta fica: e agora? O gesto emerge, tentativa conhecida de construir uma ponte. Aérea? Dizer o sentimento, neste par, muitas vezes é em LIBRAS, a língua que esqueci por falta de uso, mas ainda sei. Olhos se iluminam com mãos que se movem. Como se diz “e agora?” em Libras?

Ponte Aérea?

O companheiro apareceu. Formas antigas e novas conviveram por algumas horas. Emergências. Vejo formas brotando do oceano da vida, surgem convites, brilho no olhar. Territórios se constroem.
Um bom encontro. Lembro dos olhos azuis da Marga. Lembro dos nossos encontros sobre Amor, Subjetividade e Cinema (acho que a ordem era outra…). Eta mistura boa. Ressurgem Antonia e Luigi. Será?
Ironia pura: do meio da luta pela sobrevivência surge um acontecimento que vira encontro. E vai virar o quê?