As águas de março

Depois do porre veio a terça gorda, entrevada. Com as cinzas, vieram projetos, propostas, trabalho e trabalho e trabalho.
Sites, vídeos, fotos, textos. No meio do caminho, encontros. Bons encontros como havia imaginado. No meio da canseira, dor (parece Lesão por Esforço Repetitivo), cansaço e esperança.
Em dez dias choveu o previsto para o mês. Ruas alagaram, muitas vezes me tranquei dentro de casa. Xinguei a TV por satélite (que desaparece), peguei um novo livro, tento organizar a agenda.
Novos jeitos vêm junto com março. É um mês difícil, mas devo confessar: é divertido. Acho que curto março deste jeito tão especial porque tem gosto de véspera de aniversário.
Este ano, em especial, descubro um novo sentido, sinto-me livre, livre, livre.
São Paulo, cidade querida, mil perdões! Eu rezo por mais águas, para lavar a alma, andar na chuva quente, limpar as ruas e definitivamente deixar o passado pra trás.