o que fazer? pra onde ir?

uma dúvida. duas dúvidas. três dúvidas.

um caminhão de perguntas acumuladas, sem respostas.

a internet e o digital já não são refúgio, nem provêm esperança.

interligados e conectados, estamos quase todos online.

a informação, na era da desinformação, está relativamente livre, relativamente acessível, enterrada sob uma montanha de ruídos. Quanto mais canais, mais confusão?

e soma-se à pilha uma nova pergunta.

não sei se escolho responder às perguntas.

preciso encontrar um novo e outro sustento, me dizem as entranhas.

num insight precioso antes de dormir, entendi que vivo como se não precisasse trabalhar – enquanto preciso desesperadamente do trabalho para seguir em frente.

sem aposentadoria possível. sem herança. sem dinheiro suficiente.

foram assim os últimos anos. assustadoramente difíceis. facilmente travados por conta da contradição.

a deusa protege a informação – e eu tenho certeza que os registros são pessoais, escondidos.

não são, estão públicos.

até que não exista mais dinheiro para o servidor, para o registro do domínio, para a manutenção.

como se manterá a memória sem dinheiro? após tudo?