Reiki santo!

A Sueli veio aqui em casa e fez uma sessão de Reiki caprichadinha. Tô nova. A agonia foi embora, me achei, já posso respirar tranqüila. Para quem não sabe, o Reiki é um sistema simples e profundo, de cura natural através da imposição das mãos , reconhecido desde 1962 pela Organização Mundial de Saúde como prática terapêutica que contribui para o bem estar da humanidade. Foi desenvolvido por Mikao Usui que viveu no Japão durante o século XIX. Tecnicamente falando o Reiki pode ser considerado como um dos muitos métodos e sistemas que fazem parte da família Qigong, usados para activar, harmonizar e (re)ligar o nosso Ser à Energia Vital Universal, e parece ter tido as suas raízes no Shintoísmo e Budismo.

eureka!

Descubro onde foi o nó: eu não sabia se crescia – e fazia valer o meu ponto de vista – ou diminuía – e me retirava da história da doença da minha mãe.
Travou geral. Conheço essa forma, esse jeito. Perdi o controle do que estava à minha volta, a capacidade de afetar o outro. Mal conseguia me comunicar. Presa numa armadilha, não tinha como escapar. Perdi a capacidade de conexão, de estar, de presença. Me perdi de mim. O mais triste é que a crise continua a vir da família e a solução continua fora dela. “Você não muda”, diz Regina Favre. “Mas vai aprender a se manejar melhor”, continua…
Dói!

Cura

Minha mãe passou a semana no hospital. Pirei na batatinha. Perdi a coerência, fiquei nervosa, mal, mal. A solidão bateu feio. Ela já está em casa e eu ganhei um final de semana de descanso. Com a cabeça ocupada pela perna machucada, operada, tratada, fico à espera da melhora.

Ser forte

Hoje tive de fazer uma correria: achei que iria levar minha mãe ao médico para um curativo – ela machucou a perna há duas semanas e a recuperação não está bacana. Acabei fazendo (de novo) a internação dela – tem um pedaço de perna necrosado, um inchaço esquisito… No meio do caminho, peguei na mão dela, no meio do trânsito e senti o enorme amor e o quanto a presença dela é fundamental na minha vida. Chorei de emoção, de medo, de amor. Senti a dor dos amigos que perderam suas mães este ano. Ela, mais que depressa, me pediu pra ser forte. C*! PQP! E eu não fui? Larguei tudo e fui levá-la pro hospital, esqueci trabalho, dinheiro, banco, cliente! E ainda por cima mostrei como estava me sentindo: frágil, desamparada, uma casquinha de noz perdida num universo enorme. Ainda choro. E tento lembrar um poema do Álvaro Campos (Fernando Pessoa) que estava numa revista… tentativa inútil. Nunca fui boa pra guardar poemas, só música e olhe lá…